sábado, 8 de outubro de 2016

Makeda Cultural indica o Musical Cartola
            O Mundo é um Moinho



Musical Cartola – O Mundo é um Moinho
Onde: Teatro Sérgio Cardoso (Rua Rui Barbosa, 153 – Bela Vista – São Paulo – SP)
Quando: Sextas às 20h; sábados às 21h, domingos às 18h, e segundas às 20h (de 11 de setembro a 31 de outubro)
Classificação etária: 12 anos
Preço: R$ 30 a R$ 120
Informações e vendas: (11) 3288-0136 / https://www.ingressorapido.com.br


sábado, 9 de julho de 2016


Mulher é vítima de ataques racistas em rede social: 'Eu sinto dó', diz

Agressões foram escritas em postagem de foto a jovem na web.
Caso foi registrado na 32ª DP (Taquara), na Zona Oeste do Rio.

fonte: Cristina Boeckel e Perla Rodrigues

Maryllins foi alvo de ofensas racistas em rede social (Foto: Reprodução/ Facebook)
Uma gerente comercial foi alvo de ofensas racistas após postar uma foto em uma rede social. Maryllins Teles, de 28 anos, publicou no dia 15 de junho de junho uma imagem das férias que passou com uma amiga no Chile. Pessoas que ela não conhecia passaram a fazer comentários racistas na noite da última quinta-feira (7) na postagem. Ela registrou o caso na 32ª DP (Taquara) e apagou da página.

“Eu postei a foto no começo do mês e os comentários começaram esta noite. Por volta de 22h30 eu abri o Facebook e me surpreendi com o número de notificações. Abri a foto e não acreditei no que estava vendo”, contou Maryllins, em entrevista ao G1.
A fotografia foi acompanhada de ofensas racistas como “volta pra senzala”. Alguns amigos da vítima chegaram a responder alguns comentários. Maryllins se surpreendeu por ter recebido ataques de diversas pessoas ao mesmo tempo.
“Foi uma espécie de ataque coordenado. Todos falaram ao mesmo tempo e depois pararam”, explicou a vítima.
Maryllins não só estava conhecendo o Chile pela primeira vez como também era a primeira vez que via neve.
De acordo com ela, esta foi a primeira vez que sofreu uma afronta racista de maneira tão clara. Ao lembrar do choque ao ver os comentários, ela se emociona.
“O sentimento é de indignação. Porque não foram os comentários de só uma pessoa. A gente vê noticiarem esses casos na mídia. Foi um grupo de pessoas que fez isso. Fiquei perplexa. Eu sinto dó em saber que pessoas assim existem”, desabafou Maryllins.
As atrizes Taís Araújo e Cris Vianna, além da jornalista Maria Júlia Coutinho, foram alvo de ataques semelhantes. Os ataques tiveram o mesmo padrão. Elas receberam comentários preconceituosos em redes sociais vindos de diferentes perfis.
Injúria
O crime de injúria está previsto no artigo 140 do Código Penal e consiste em ofender a dignidade ou o decoro de alguém “na utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião, origem ou a condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência”.
A pena pode chegar a três anos de reclusão. Se o promotor entender que houve racismo, os acusados podem responder pelos crimes previstos na Lei 7.716, de 1989. Há várias penas possíveis para racismo, entre elas prisão e multa. O crime de racismo não prescreve e também não tem direito à fiança.
Maryllins sofreu ofensas racistas em rede social (Foto: Reprodução/ Facebook)

A atriz Taís Araújo e a jornalista Maria Júlia Coutinho, a Maju, foram alvo de racismo em redes sociais (Foto: João Miguel Júnior/TV Globo/Arquivo; Reinaldo Marques/TV Globo/Arquivo)

Entre diversos casos, a atriz Taís Araújo e a jornalista Maria Júlia Coutinho, a Maju, foram alvo de racismo em redes sociais (Foto: João Miguel Júnior/TV Globo/Arquivo; Reinaldo Marques/TV Globo/Arquivo)

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Questão de genêro, raça e bom senso.


Esta semana nos deparamos com o que há de mais sórdido e raivoso no preconceito que são as manifestações diretas. Entendemos o racismo como obscuro a muito tempo, porém para algumas pessoas não passa de manifestações "coitadistas" de quem é preguiçoso. Taís Araújo a maior estrela negra da televisão brasileira sofrer preconceito parece o fim do mundo, mas se analisarmos nem a sua própria emissora deu importância ao assunto como no caso da "Maju"  É importante nos atentarmos ao fato de que ela é mulher, negra e famosa, os minimistas sempre tentarão fazer isso parecer um caso isolado, mas não é. Partindo do pressuposto de que o racismo é crime esses haters deveriam ficar acuados, porém conhecem e reconhecem a legislação de modo a presumir a impunidade sem pestanejar. É claro que os meus quando saem de casa com seus turbantes ou com suas coroas no estilo mais natural possível estão fadados e expostos a ridicularização da Taís, isso sabendo que o caso não terá uma repercussão positiva a ponto de inibir tais tipos de ação. Porém dentre esses pensamentos de que a impunidade reinará mais uma vez queremos parabenizar a postura da atriz mesmo não tendo o apoio de sua emissora, e deixando claro que não somos pessimistas e sim realistas, enquanto acharmos que a bandeira do preconceito não precisa ser erguida no mais alto mastro de nossa sociedade conservadora, machista e opressora estaremos alimentando a ideia de que é normal hostilizar, rechaçar, humilhar o diferente. Qual o problema de entender que o diferente é normal? que a diversidade faz parte do cotidiano. Mas sabemos qual o plano deles, porém enquanto respirarmos, enquanto dentro desse peito bater esse coração que bombeia sangue para nossas veias aguardem reações mais enérgicas. Sabemos das deficiências de nosso povo e estamos combatendo a todas como muita veemência, para que possamos discutir e minimizar ações como essa de modo a erradica-las só assim poderemos nos sentir. Lindos, integrados e cidadãos não isolados em uma realidade sem perpectiva.

sábado, 4 de julho de 2015





Netflix exibe filme de Liz Garbus sobre a vida de Nina Simone
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"'What happened, miss Simone?" conta a história da pianista clássica que o racismo transformou em cantorana Simone em show realizado na Argélia, em julho de 1969. Foto: Eleonore Bakhtaze
Nina Simone influenciou gente de todo o espectro musical: de Bono a John Lennon, de Kanye West a Antony and the Johnsons, passando por Christina Aguilera. Ainda assim, segundo sua única filha, Lisa Simone Kelly, ela morreu sozinha, em 2003, aos 70 anos, sem saber o quanto era amada. “Isso é uma tragédia”, diz Kelly. Ela quis traçar um retrato mais fiel da complexa personalidade de sua mãe com o documentário What happened, miss Simone?, dirigido por Liz Garbus, que estreia nesta sexta-feira na Netflix, depois de ser exibido em festivais em diversos países.
Saiba mais...
Depois de Feeling Good, Lauryn Hill lança faixa sobre racismo com sample de Nina SimoneColetânea fará tributo a Nina Simone com regravações de Lauryn Hill e Usher
Lisa Simone Kelly deixa claro que a relação com a mãe nem sempre foi das mais fáceis. “Mas ela merece ter sua história verdadeira contada por causa de sua jornada, sua música, seus sacrifícios, sua mensagem, as contribuições maravilhosas que deu a nosso povo. Era importante haver algo para educar e inspirar as massas”, explica. Um dos pontos essenciais era ressaltar como Nina Simone, nascida Eunice Kathleen Waymon em Tryon, Carolina do Norte, em 1933, sempre sonhou ser pianista clássica – a primeira pianista clássica americana negra. Queria estudar no Curtis Institute, na Filadélfia, mas foi rejeitada, o que sempre considerou um caso de racismo.

sábado, 27 de junho de 2015

Musical sobre Wilson Simonal em SP
Wilson Simonal e Ícaro Silva (Foto: Reprodução)
 
cena do musical sobre Wilson Simonal - Leo Aversa
Os espetáculos biográficos musicais ganham mais um bom representante: “S’imbora, o musical – A História de Wilson Simonal”. A montagem chega a São Paulo depois de ser vista por mais de 50 mil pessoas no Rio de Janeiro.
Com texto de Nelson Motta e Patricia Andrade, e direção de Pedro Brício, o ator Ícaro Silva interpreta Wilson Simonal da juventude até os últimos dias. Ícaro vem de uma experiência muito bem sucedida. Foi ele quem representou Jair Rodrigues no espetáculo “Elis – A Musical”, ganhando elogios do próprio Jair, que assistiu a montagem na estreia.
Na entrevista, Ícaro Silva fala da oportunidade de interpretar dois grandes ícones da música brasileira, da trajetória de Wilson Simonal e suas principais características, e conta bastidores de “S'imbora, o musical”.  
Serviço – “S’imbora, o musical – A História de Wilson Simonal”O que: Musical S’imbora, o musical – a história de Wilson Simonal 
Quando: de 12 de junho a 26 de julho. De quinta-feira a sábado, às 21h. Domingo, às 19h
Onde: Teatro Cetip (Rua  Coropés, 88, Pinheiros, Zona Oeste, São Paulo
Quanto: 
Quinta  e sexta-feira:
Plateia VIP e Plateia A – R$ 160
Plateia Superior - R$ 100
Plateia Superior - última fileira R$ 50
Sábado e domingo: 
Plateia VIP e Plateia A - R$ 180
Plateia Superior - R$ 100
Plateia Superior - última fileira - R$ 50
Vendas pela internet: premier.ticketsforfun.com.br
Mais informações: (11) 4003-5588

quinta-feira, 7 de maio de 2015

...NINA, A PRETA!...

Nina, a mulher preta, resistente que afrontava numa época extremamente racista e machista, tinha uma imagem forte mudou de nome ao começar a cantar em cabarés escondida de seus pais, saiu da Carolina do Norte para ser imortalizada no mundo cantando jazz, blues, folk, soul.  A  princípio começou a cantar Blues temporariamente, enquanto treinava para tornar-se uma pianista clássica, em bares de Nova York,Filadélfia e Atlantic City, escondida de seus pais . Seu nome de batismo: Eunice Kathleen Waymon, "Nina" veio do espanhol de menina apelido recebido de um namorado, e "Simone" foi uma homenagem à atriz francesa Simone Signoret. Foi a sexta de oito filhos, sendo sua mãe uma ministra metodista e seu pai um marceneiro.

Nina era absolutamente comprometida em mudar o mundo à sua volta, tinha visão e postura revolucionária e transparecia isso! Foi ativista dos direitos civis desde pequena, eu sempre digo que a revolução está principalmente nos pequenos atos, nos detalhes; Em seu primeiro recital aos 11 anos de idade solicitou que seus pais fossem deslocados das últimas fileiras da platéia para perto do palco, já que não tocaria sem vê-los, o que contrariava os costumes racistas da época em que aos negros eram destinados somente os últimos assentos.
Aos 17 anos de idade Nina não foi aceita no Curtis Institute of Music, um conservatório de música clássica, apesar de ter sido uma das primeiras artistas negras a ingressar na renomada Escola de Música de Juilliard, em Nova Iorque ninguém tirou da cabeça dela que a rejeição acontecera por ser uma mulher negra.


Nina Simone sofreu preconceito por ser negra e também sofreu violência familiar, seu marido que era policial batia nela, E segundo ela, o problema era pela cor da sua pele.  Tudo isso pode ser ouvido, visto e sentido no seu piano nada fala e mostra mais Nina Simone do que as músicas da própria! Cantava o que vivia e no que acreditava, a presença dela em si já era revolução.
Ativista nata, sua música tem alma, com uma capacidade incrível de passar o que sentia pra música, considero todos os sons de Nina iguais a sua imagem e existência: FORTE!  Four Women por exemplo, conta a vida de diferentes mulheres, com diferentes histórias de vida algumas mais sofridas do que outras, de diferentes raças, mas que não tiveram voz, não sem Nina. Ain't Go No/I Got Life é um símbolo de luta, de resistência. Aqui, Nina está sem casa, sem sapato, sem dinheiro, mas tem o seu cabelo, a sua pele, e tem a si mesma!  I Want a Little Sugar in my Bowl é um desabafo: quem nunca quis que o mundo girasse ao seu redor ao menos uma vez? Quem nunca quis um pouco de açúcar em sua tigela? Ainda mais, quem sofreu tanto... Nina também gravou e emprestou sua voz a famosas canções que tomaram uma alma própria com sua interpretação, como Here Comes The Sun dos Beatles, e Suzanne de Leonard Cohen.



O amor, a escravidão, o ser mulher, a resistência, a persistência, tudo isso ela expressou! Seja compondo ou interpretando, Nina fala sobre a verdade, bonita  e sofrível ao mesmo tempo é sua arte, Nina não foi um grande ser humano somente por lutar contra um mundo racista e machista, mas também e principalmente por cantar com o coração, por cantar com verdade tudo aquilo em que vivia. Por fazer aqueles que têm o imenso prazer de escutá-la serem transportados para o mundo dessa maravilhosa cantora e acreditarem em suas angústias. Um cantor é uma contador de histórias, um ator, e deve fazer quem o escutar acreditar no que se canta. E pouquíssimos tiveram - ou têm a capacidade que Nina Simone teve de levar-nos ao seu mundo, de nos fazer viver e sofrer com ela.


“Quero morrer aos 70, depois disso não há mais nada a ser vivido.’’

Sua canção Mississippi Goddamn  tornou-se um hino ativista da causa negra  e a apresentação foi histórica!  fala sobre o assassinato de quatro crianças negras em igreja de Birmingham em 1963,( Música que infelizmente nos identificamos até hoje, genocídio é uma realidade)  Ao se apresentar em evento militar em Forte Dix, Nova Jersey, em 1971, em plena Guerra do Vietnã, Nina Simone deu voz àqueles que eram contrários ao conflito, quando cantou um poema em que Deus é chamado de assassino, após 18 minutos de My Sweet Lord, de George Harrrison.


 Morreu enquanto dormia aos 70 anos como queria em Carry-le-Rouet em 2003, após lutar por vários anos contra o câncer de mama.
Na minha visão, se a música e personalidade de Nina Simone pudesse ser resumida em uma imagem, seria um punho cerrado segurando flores, com seus espinhos e tudo!
Texto escrito por 
*FONTE: http://expensiveshitt.blogspot.com.br